domingo, 2 de janeiro de 2011

A PRIMEIRA DIVAGAÇÃO DE 2011

Comtemplei-o com um sorriso nos lábios, apesar dos estouros exagerados dos fogos de artifícios em meus tímpanos... Pois bem, tentei tocar um blues, um choro, uma bossa, um barroco, ler um Woody Allen e não rolou... Não tenho tempo pra arte...
2011 será 2010 com mais algumas horas de experiência, mas normalmente eu sugiro que você seja hipócrita e diga a todos que tudo será melhor, assim como eu...

"FELIZ 2011"

sábado, 17 de julho de 2010

Divagação do Sétimo Dia

Algo rápido. Palavras empilhadas para o sábado "glorioso" que estou tendo...

Acordei no sétimo dia, depois da criação divina com uma baita dor de cabeça e uma sinusite infernal. Fiz minhas ablusões matinais e tomei meu café com um acompanhamento anêmico de dois pedaços de pão seco fatiados.
Bem, a princípio contempleios com muito desânimo e total desdém, porém depois de uma primeira mordida, comecei a apreciar o gosto de pão dormido do dia anterior.
Mais um momento interessante pra pensar sobre todas as coisas que renascem no dia seguinte como por exemplo, o AMOR de um contemporâneo...
Simples seria dizer que o fato de amar fosse a descrição de Freud: amor como sensação...
Mas não ocorre na cabeça de um contemporâneo desta forma. Acho que a maldita sensação me acompanha desde o acordar com dor e até o dormir com o frio do sotão.

Enquanto reflito, os vidros das janelas embaçam...

sábado, 29 de maio de 2010

Pré-Socrática da vida

Para compensar todo o tempo parado, escrevi esta analogia. O texto é extenso, mas compensa a leitura. Bem, assim eu creio.

Montei a muito tempo atrás um palco, um grande palco para um grande espetáculo. Como eu era o diretor da peça, pensei que era necessário muitos integrantes para este mesmo espetáculo.
No início, apareceram alguns nos quais eu me identificava bastante, não era necessário muitas respostas, pois não havia muitas perguntas. Não existia a necessidade de questionar se com uma tempestade o palco resistiria.
Como não me questionei, blufff! Ele partiu em dois com a primeira ventania. Tive que reconstruí-lo e comecei do zero.
Apesar do susto, notei que os personagens nem se preocuparam com o ocorrido, então indaguei:
- Por que não faço o papel principal?
Consegui êxito por algum tempo porém vi colegas de enceno tão ou mais talentosos que eu desmotivados. Refleti a respeito e decidi, vou ser coadjuvante e retirar alguns pra fora da peça.
Bom, a princípio solucionou, mas uma coisa estava me incomodando. O vilão da história me dava nos nervos, pois não sabia ser mau o suficiente, ou neste caso "fingir" suficiente. Mandei-o embora e tomei o seu papel.
Após isso, me senti mais aliviado, mas depois da primeira semana, tive mais problemas.
Todos em volta me acusaram de ser muito perverso na história, passando dos limites do contraceno.
O primeiro a ir embora foi o padre, me acusando de heresia. Depois foram os músicos, pois afirmaram que eu estava fora do ritmo. O juiz, me indiciou por ser protestante comunista. O político, afirmou que eu o prejudicava em campanha por estar perdendo popularidade. E por último, a "mocinha". Bem, essa nem mesmo se justificou.
Sobraram algumas personas apenas.
Pensei cá com meus botões, este é o momento de sair do palco para não criar mais confusões. Mas não da peça.
Passei a ser contraregra. Como em todas as situações, estava tudo nos conformes, a princípio!
Fiquei incomodado com o cenário, tentei ornamentá-lo ao máximo, pois com o número de participantes que tinha ao momento, achei que poderia compensar essa carência de número. Acreditava que não surgiriam mais impecilhos.
Vi as bailarinas deixando a peça afirmando que com toda essa pompa no cenário, ninguém notaria seus passos minunciosamente estudados.
Houve boicote geral por parte dos coreógrafos e todo restante do pessoal abandonou o projeto.
Comecei a recolher os trajes, pois não há necessidade de trajes, se não houver personagens. Conseguinte, guardei os instrumentos, pois se não há músicos, que necessidade tenho do mesmo. Desmontei os enfeites de cenário e acabei com outra indagação:
- E o público? O que eu faço com toda essa gente? Fazer o show sozinho, é impossível!
Desolado, abri as cortinas vermelhas pronto para divulgar as más notícias e me deparei com a surpresa. Todo aqueles figurantes, coreógrafos, atores e atrizes, estavam lá, sentados na primeira fileira. Prontos para me retirar do palco aos urros, pensei.
Não poderia desistir naquele momento e mostrar fraqueza. Tentei de uma forma solo, empreender a peça.
Incrívelmente a peça tinha vida própria com salamandras mágicas e nem precisei fazer do pouco, muito.
Acabado a interpretação, pra minha surpresa maior, aplausos fervorosos por parte da maioria.
Fechado as mesmas cortinas vermelhas, enfim, descansei pra começar tudo de novo.
Dessa vez não como contraregras, nem vilão e nem mesmo como diretor. Apenas como mero espectador.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Que tempo é esse?

Que marca meu rosto e desvanece minhas forças?
Tranforma meus únicos momentos festivos em lapsos de memória.
Que tempo é esse?
Que leva consigo todas as folhas verdes que já vi.
Que apaga as fogueiras que tiveram a chama mais bela e alta.
Que tempo é esse?
Que distancia os transeuntes que estiveram tão pertos.
Tempo, que grande remendo de vida tenho que fazer!
Ser ou não ser suportado neste fatigoso e tortuoso fio de vida.
Tempo, sublime, vorazmente estúpido e grosseiro.
Por quê? Porque roubas de mim este último fio?
Não pra tanto, não pra mim.
Tanto pro não, tanto pro sim.
Gostaria de fazer uma indagação a vós!
A quanto tempo, sim, a quanto tempo, vós, tempo, continuas neste furto?
Que tempo é esse?
Que seja de frente que eu te encararei,
pois se vais achacar e ferir minha alma e espírito terei todo o tempo do mundo pra te esperar, para que desfiras o golpe, que só o tempo sabe compreender...

Que tempo é esse?
Esse é o nosso tempo, amanhã não será mais...

sábado, 3 de outubro de 2009

Niilismo da arte

“Cultura e arte são algo desnescessário, pois o quê que um pobre, que está quase passando fome, vai querer vendo uma peça de Tchaickovisky...” Eu refleti sobre essa frase, que um amigo meu me falou, tentando chegar a uma conclusão bem esclarecedora, levando em conta alguns pontos de vista. Primeiro o por quê? Porque os meios de comunicação, se é que se pode falar assim, de meios assassinos de individualização de idéias, pois alienam até sua respiração, idiotamente na frente duma TV, assistindo calouros ou até mesmos estágiarios de dramaturgia, cheios de sotaque e gírias ridículas, que padronizam as fardas que utilizamos até quando estamos dormindo... Fardas sim, porque mais parecemos de um exército, onde na verdade, só importa mesmo o número, identidade de cada um, não interessa. Enquanto muitos utilizam a palavra “arte”, como prefixo de expressão, a arte de falar, a arte de persuadir, a arte disso, a arte daquilo, outros acham que a cultura é abanar o violão dentro de um recinto mal ventilado, semitonando sua voz monocórdia desafinada. É da falta de busca de cultura, informação, arte, que surge o menor abandonado, os desabrigados e todas as balbúrdias e fanfarras desta mesma padronização sem limites. Suponhamos que o indivíduo dependa da intensidade de busca interminável de cultura para viver, será que não teríamos assim mais dignidade dos verossemelhantes mais próximos?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Individualismo

Você está defendendo alguma causa, estabelecida por seu próprio intelecto e embasada para algum fim benéfico, não só para você, mais como para os demais? Parece uma deixa moralista, mas não é essa minha intenção.

Ultimamente, tenho notado, a freqüência com que se é colocado a necessidade, como prioridade, muito além das benéficas universais, se baseando no empirismo próprio.

Primeiro a definição de necessidade, hoje, destacada como forma de benefício único e exclusivamente a serviço do próprio indivíduo.

Somos individualistas ou aproveitadores degenerados de situações alheias?

Contrapondo a esta situação, claro, encontramos várias vértices opostas, mas neste momento comentaremos os “mercenários”, o título desta mesma...

Bem, separando os opostos destas duas variáveis, podemos então analisar estes indivíduos, muito bem posicionados por esse escalão de valores monetários, pois, aquisitivismo seria mais ou menos o chanfro desse mesmos indivíduos.

O fato a se expor seria, essa desvalorização de temáticas como a cultura, ética, bom senso e demais ramificações enraizadas no profissional, que por esse motivo são derrubadas e extraídas deste contexto. Estas entidades citadas anteriormente, são banalizadas, sendo só colocadas em primeira instância, quando os mesmos tem essas prioridades, anexo a necessidade do anti-ético ser humano...

Relato que essa necessidade, pode sim, ser um bom expoente, se utilizado para uma busca constante de liberdade, não libertinagem moderna, na busca resoluta de fins, de alguma forma agrupadora de expressão cultural.

Conclusivamente, cito por último, que a necessidade monetária, nunca pode ser mais que um reflexo da valorização HUMANA, repito, não é moralismo, bem longe estou disso, é ÉTICA e BOM SENSO, pois hoje passamos muito longe disso.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Talento X Virtude

Reorganizando algumas idéias meios que bagunçadas em meus neurônios, depois de ler algumas tiras de linhas do filósofo Voltaire, foi que eu pude confirmar, uma dessas minhas idéias empoeiradas.


Sobre os níveis que se apresentam num ser humano de habilidade intelectual, explicando melhor, aptidão desenvolvida ao longo dos anos por intermédio de estudos cansativos, mas muito estimulantes para o crescimento do próprio indivíduo. Sem mais contornações ininteligiveis, ressalto a importância da persistência. Ora pois, "talento" na minha opinião, como palavra, nos últimos anos, está substituindo gradativamente esta palavra chamada persistência.

Somente através deste último coeficiente, podemos chegar, então ao nível desejado de virtousidade. Um exemplo? Um escritor, um músico, um administrador, só consegue agradar um alto percentual de uma meta desejada, através de seu "talento" de escrever, de compor, de gestão, adquirido nada mais, nada menos, através da persistência.
Pois a virtude só é alcançada através da persistência... Se o mesmo indivíduo, não encontrar nenhuma barreira mais impermeável, mais intransponível, abruptamente conseguirá seu objetivo, progredindo constantemente. O nível de entendimento ou progressão depende de cada consciente e esforço empregado. Estranhos podem boicotar o talento, mas nunca a persistência.

Projetando um objetivo, o mais longe que vai passar é mais próximo deste mesmo se baseando no ponto zero inicial. Resumindo talento não é desenvolvida pelo tempo nem por persistência, virtude é desenvolvida pela mesma.



Talento é essência. Se você é um néscio, poderá ser virtuoso, não talentoso...