sábado, 3 de outubro de 2009

Niilismo da arte

“Cultura e arte são algo desnescessário, pois o quê que um pobre, que está quase passando fome, vai querer vendo uma peça de Tchaickovisky...” Eu refleti sobre essa frase, que um amigo meu me falou, tentando chegar a uma conclusão bem esclarecedora, levando em conta alguns pontos de vista. Primeiro o por quê? Porque os meios de comunicação, se é que se pode falar assim, de meios assassinos de individualização de idéias, pois alienam até sua respiração, idiotamente na frente duma TV, assistindo calouros ou até mesmos estágiarios de dramaturgia, cheios de sotaque e gírias ridículas, que padronizam as fardas que utilizamos até quando estamos dormindo... Fardas sim, porque mais parecemos de um exército, onde na verdade, só importa mesmo o número, identidade de cada um, não interessa. Enquanto muitos utilizam a palavra “arte”, como prefixo de expressão, a arte de falar, a arte de persuadir, a arte disso, a arte daquilo, outros acham que a cultura é abanar o violão dentro de um recinto mal ventilado, semitonando sua voz monocórdia desafinada. É da falta de busca de cultura, informação, arte, que surge o menor abandonado, os desabrigados e todas as balbúrdias e fanfarras desta mesma padronização sem limites. Suponhamos que o indivíduo dependa da intensidade de busca interminável de cultura para viver, será que não teríamos assim mais dignidade dos verossemelhantes mais próximos?